sábado, 3 de maio de 2014

Pensar sobre Pensar.

E, novamente, me coloco a pensar.
É inevitável e de novo estou tentando entender alguma coisa. E desta vez tento entender o porque as pessoas não querem entender. O quão diferente seria o mundo se as pessoas simplesmente se dedicassem a pensar.
Eu estaria mentindo, claro, se dissesse que pensar é um exercício simples: não o é. Pensar sobre o mundo, sobre tudo o que acontece e sobre seus motivos pode te deixar bem confuso. Cada pergunta respondida levanta centenas de novas questões. Cada nova conclusão gera argumentos inúmeros a serem concluídos. Será este o motivo pelo qual as pessoas não se dedicam a pensar? Pensar cansa, e muitas vezes dói.
Permita-me situar o leitor sobre o tipo de pensamento a que me refiro. Estamos, é claro, pensando a todo o tempo, inclusive durante o sono. Porém em quanto deste tempo buscamos organizar nossos pensamento? Buscamos, sinceramente, responder questões que se colocam à nossa volta? Muitas destas questões parecem simples, mas quando postas à luz da busca sincera pela verdade sobre elas, se revelam muito mais complexas; outras questões podem ser para nós algo já resolvido, de tal forma que acreditamos nem ser necessário pensar sobre elas novamente, e então nos enganamos redondamente, pois estas costumam ser aquelas que devem ser mais fortemente questionadas: questionar as respostas que já conhecemos pode nos revelar um mundo novo de perguntas não respondidas e nos mostras o quanto não sabemos nada sobre o mundo.
Questiono, penso e reflito sobre coisas simples. Questiono os motivos pelo qual a vida é como é, por que as coisas são como são. Penso no que é o tempo. Reflito em porque tal pessoa é considerada tão bela, e aquela outra tão feia. E então penso em porque o tempo é como é, e faz com que as pessoas consideradas belas hoje sejam chamadas de feias amanhã. O que é belo, então?
E hoje, então, me pego pensando sobre pensar. Sobre porque as pessoas simplesmente não pensam. Sobre como elas podem seguir o que lhes é dito de forma tão cômoda; sobre porque ninguém questiona os dogmas que lhes é colocado. Quanto custa raciocinar (já que o Homem se orgulha tanto de ser um 'animal racional')?
A verdade nunca está na superfície. Aqueles que realmente a quiserem encontrar, deverão mergulhar nas questões, e descobrir um universo de problemas a serem resolvidos antes ter qualquer relampejo de verdade. Antes disso, tudo o que se tem são falsas certezas.
Talvez (e aqui algo em que me pego pensando frequentemente) não pensem porque, como já disse, pensar pode doer. Costuma doer. Não pensar e aceitar o que lhe é dito é muito mais fácil. Aceitar o que você vê e ouve como verdade é absurdamente mais confortável. Evita o turbilhão de pensamentos e os sentimentos oblíquos que sinto. Evita a dor de tentar, tentar, e não conseguir encontrar a resposta para questões que fariam toda a diferença no seu dia.
Pensar dói.
E nisso penso.

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